sexta-feira, 25 de abril de 2014

O TEU NOME...




De paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.

Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva.

Amar-te-ei como então
alguma vez? Que culpa
tem meu coração?
Se a névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranqüila e pura?
Se meus dedos pudessem
desfolhar a lua!!

Tradução: William Agel de Melo

sexta-feira, 18 de abril de 2014

SE AMANHA SENTIRES SAUDADES...


Charles Chaplin
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SE AMANHA SENTIRES SAUDADES

a tua caminhada ainda não terminou

 A realidade te acolhe 
Dizendo que pela frente
O horizonte da vida necessita 
De tuas palavras E do teu silêncio.
Se amanhã sentires saudades!

Lembra-te da fantasia e sonha com tua próxima vitória.
Vitória que todas as armas do mundo 
Jamais conseguirão obter 
Porque é uma vitória que surge da paz,e não do ressentimento. 

 É certo que irás encontrar situações 
Tempestuosas novamente, mas haverá de ter sempre O lado bom da chuva que cai e não a faceta do raio que destrói.

Tu és jovem...
Atender a quem te chama é belo Lutar por quem te rejeita è quase chegar a perfeição. 
A juventude precisa de sonhos e se nutrir de lembranças assim como o leito dos rios precisa da água que rola...

O coração necessita de afecto. 
Não faças do amanhã o sinònimo de nunca 
Nem o ontem seja o mesmo
Que nunca mais teus passos parem e não  olhes para trás Mas vai em frente 
Pois há muitos que precisam 
Que chegues para poderem seguir-te.


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quinta-feira, 10 de abril de 2014

AS MÃOS...



As mãos

Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade


MANUEL ALEGRE.