sexta-feira, 26 de setembro de 2014

CANÇÃO DE OUTONO


Canção de Outono

"Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.
De que serviu tecer flores
pelas areias do chão
se havia gente dormindo
sobre o próprio coração?

E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão
velando e rogando aqueles
que não se levantarão...

Tu és folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
E vou por este caminho,
certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão..."



Cecília Meireles 

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

SEU SORRISO...



Deixe-me acreditar...
Que e luz que ofusca em seu sorriso.
Nao e apenas o brilho do qual preciso.
Para me orientar em sua direcao.
Mas e tambem, este esbocar de dentes.
Como um agrupamendo de estrelas cadentes.
Caindo chamegantes no meu coracao.

Deixe-me querer...
Que o sorriso terno que seus labios torneiam
Saiam dos meus olhos que atentos vagueiam.
Para acoplarem-se aos meus labios sedentos.
Que seu sorriso se perca dos olhos meus.
Quando meus labios colarem-se aos seus.
Tornando reais os meus pensamentos.

Deixe-me sentir...
Que este sorriso que traz-me a juventude.
Va de encontro aa minha virtude.
E como crianca, me faca sonhar.
E nao so pensar que seu sorriso expressivo.
Mais que ofuscante, mais que lascivo.
Me encantem para eu nunca mais acordar.

Deixe-me olhar...
Mais uma vez esse sorriso encantado.
Vindo despir-me em um beijo molhado.
De mel, de orvalho ao amanhecer.
E quando encontrarem-se nossos sorrisos.
Entre nossos labios buscando, indecisos.
Encontrem a paz do adormecer.

Autor: Jose Luiz Rabello Filho.
  

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

LIBERTAÇÃO...

LIBERTAÇÃO

Há almas presas, doridas, encarceradas,
Que destas cadeias, fitam a imensidão,
Cantam a triste sina cruel, aprisionadas;
Nuvens angustiadas, retidas nesta prisão!

Almas vibrantes gorjeiam ora inquietas,
São sinfonias plangentes, mas delicadas.
Almas tristonhas e tantas almas desertas;
Nesta clausura, dormentes e desgraçadas!

Já libertas revoam para outros mundos.
São doces anseios que dentro da alma vão,
Para os céus, risonhos, lindos, fecundos!

São livres agora, revoam na imensidão!
São livres agora no mais sublime além,
Livres hão de voar e levam meu coração!


ANTONIO LIDIO GOMES



sexta-feira, 5 de setembro de 2014

DESABAFO




" Que a liberdade seja a nossa própria substância já que viver é ser livre. Porque alguém disse e eu concordo que o tempo cura,que a magoa passa, que a decepção não mata,e que a vida,sempre, sempre continuará..."
Simone Beauvoir